domingo, 23 de dezembro de 2012

EXEGESE(EXEGESE!) - dicionário wikcionário wikdicionário


DESEO :
" Sólo tu corazón caliente
y nada más".


Mi paraíso, un campo
Sin ruiseñor
Ni liras,
Con un río discreto
Y una fuentecilla."

Assim cantam uns  versos  aquáticos de um poema de Federico Garcia Lorca, poeta lírico e dramaturgo espanhol de boa cepa.
No Tanack (Tanach, Torah, Pentauteuco, Testamento ou testemunho fidedigno) está escrito ""Não desejarás a mulher do próximo...", mas a exegese pode ler "n" sentidos e razões neste "logos".
 O carro, a mula do próximo são do próximo, pertence-lhe, porquanto não apresentam jamais resistência, não tem ser por dentro para se amotinar, insurgir, revolucionar, ou evolucionar,  mover, enfim,  o cosmos das relações pessoais, até personalíssimas, ou  consigo mesmo; portanto, enquanto entes em passividade pétrea, só são separados do próximo em caso de alienação, na troca, no escambo, que não são atos de objetos, porquanto o objeto é sempre um ente passivo ( o objeto é passivo, não passível, ao passo que o sujeito é passional, move o ser; esta oposição é  que dá empuxo ao movimento da mente e do corpo leve no balé de Degas e de Nietzsche, o levíssimo, habilíssimo, agilíssimo  bailarino do pensamento). O objeto está integrado ao patrimônio : este o seu estado.
Aliás, objeto tem sua existência restrita ao estar, ao estado, à passividade interna, não em  energia, mas no setor de sistemas nervosos centrais e autônomos, que movem ou regurgitam o ser do interior ao exterior;  é um estado da matéria e um estágio da energia que o perfez e o mantém unido; no objeto não há manifestação de ser (epifania, epifania), porquanto o fenômeno é tão-somente de ordem material e energética, sendo que energia e matéria são substratos mútuos do mundo ou universo, mas não ser. O objeto, está, está na tese, enquanto objeto de tese natural e intelectual; entrementes,  não é, não tem um ser por dentro que o move, um ser expresso pelo vocábulo latino "alma", que configura o ente movente.
O ser humano é alma movente por dentro e corpo movente por fora : o ser é movediço na areia movediça do corpo e na areia para ser mensurada (razão, racionalidade) na ampulheta da alma do inventor ( o ser humano), que é o mesmo que dizer a palavra espírito ou pensamento par a exprimir as funções nominais no "logos" da matemática e na lexicografia.
A mulher não é mais um patrimônio acrescido ao bando de animais que porfiam diuturnamente por território e fêmeas, lei que vigora entre os leões, os chimpanzés e nas interações políticas de outros animais na fase do acasalamento. A mulher dá razão e azo, ou vazão, às relações políticas  que se consubstanciam ou se consumam no matrimônio. Esse vínculo garante ou facilita  a criação dos filhos, na divisão de tarefas, ou seja, ela responde pelos filhos enquanto estão sendo criados,  enquanto crianças. Na hermenêutica (hermeneuta)  bíblico do tempo ela era submissa à missão do homem, do homem enquanto patriarca. O patriarca é um objeto de alienação do pensamento do homem, um objeto posto, em tese, pela tese, ou seja, pela posição e modo de por do pensamento contextual vinculado à costura do tempo que os vestia da cultura em vigor.
A  mulher, (e o homem!),  enquanto ente que manifesta o ser, "in casu", o ser humano, e, portanto, um ente pensante ( de razão, "ratio") e desejante (volitivo, de volúpia pia(volição!) no matrimônio, na sem-razão quixotesca do idealista incauto, politicamente desprevenido e despreparado para viver, por carência de traquejo social), pode não ser  mais do próximo, não ser em ser foro íntimo mais a mulher do próximo,  mas apenas estar com ele, sub-júdice e sob jugo de lei ( ou ela, caso a mulher seja em lei  o outro cônjuge sob  o jugo da lei cível, que os amarra ou prende num contrato, porquanto a lei é contrato em sentido lato e estrito, concomitantemente,  conquanto passível de anulação, de nulidade,  ou ser revogado tanto quanto qualquer contrato menor, ou seja, firmado entre partes interessadas e rescindido quando não há mais interesse mútuo e um está a prejudicar o outro); e, neste caso, o cônjuge em prejuízo está com o outro, tão-somente em função do liame legal, ( que cria tal estado e este estado que nos subjuga ao subsumir determinados atos ou ações perpetradas por nós à sanção da lei, a qual nos pune ou beneficia); isto, estes fatos descritos, pensados, ocorrem tão-somente  devido à escravidão de letra de lei em contrapartida à liberdade  do absoluta do espírito humano, que não vige debaixo de norma, mas se firma e se ergue em exegese, hermenêutica, ou seja, tese : põe ou posiciona ou torna positivo, como queiram, o ser no mundo enquanto tese( postulado, doutrina) do espírito (pensamento) do ser humano vivo. Tese esta que sobrevive ao corpo ou se torna o corpo em signos e símbolos dos escritores, pintores, etc.
Vide, e vige no pensamento vivo,  o 'Espírito das Leis", obra ("opus") escrita por  Montesquieu, que, destarte, com esta tese deu o ser à lei : o seu ser ( o ser dele, agora em letras que guardam o cérebro vivo nos desenhos do pensamento em signos e símbolos).
Sendo, e o é,  a mulher atual ( e atuação, "ator" ou atriz que representa-se no palco teatral social, político, de sua época), livre do jugo do esposo, ela pode, sem embargo,  estar com ele, por coação legal, mas não ser dele, pois o ser é dado pelo ser humano no pensamento e depois desenhado no "logos" na escrita e na fala(canto), porquanto essa é a linguagem própria para ir de encontro a tudo o que é humano. O ser não pode ser alienado, senão enquanto pensar e por estar  no mundo cultural em tese  do pensamento; estar em tese no mundo, tal qual o fizeram Jesus Cristo, cujo ser subsiste numa instituições ( ou várias) denominada igreja ou assembléia, porquanto era a ideia de igreja, ou assembleia, enfim , da comunhão e comunidade dos homens que moviam o pensamento em tese de Jesus Cristo. Isto se dá com as instituições fundadas no pensamento de Buda, suas meditações e técnicas e outras entidades as mais diversas, como empresas, associações, fundações, etc. É uma seara política sem fim.
A linguagem para se relacionar com a natureza é a geometria, que ganha escrita (signos e símbolos) na linguagem das matemáticas e da álgebra, que encaram e encerram ( não encerram , melhor dizendo) o vasto abstrato cavado no mundo mental, intelectual. A linguagem do ser e para abrir o ser no homem e  na mulher, consortes independentes da escrita em lei, é linguagem com palavras, desenhada nas senóides das vozes e da escrita, que canta o coração nos poetas em suas respectivas línguas.Oh! os poetas, estes somente podem ser lidos e degustados em suas próprias línguas, jamais no verter em tradução. Não se verte o que é doce ao coração : o amor, espírito de tudo : alma da vida. Ah! este insuspeito ser de dúplice alma : o homem, a mulher, cindidos pelo gládio da " justiça" firmada em lei e contratos que tais!...
O ser, que é o sujeito ativo ou passivo, o ente com ação interior,  tem seu "logos" ou verbo ("verbum domini") na língua falada, cantada, escrita; no léxico e , mormente, no canto do poeta; daí que não continuar entediado nas teias da lei, mas foge com Cristo para as teias do amor, pois "Deus caritas est", grafa a epístola de São Paulo apóstolo, em língua de anjo, ou seja, de poeta.O estado ou estar tem sua linguagem nas matemáticas, pois são objetos do sujeito e não se afundam no universo subjetivo, um buraco negro em direção ao fundo do copro humano anatômico e fisiológico e lógico, poético, musical, político, em sua "Encomium Moriae". Todas a ciência humana não passa pelo crivo da "Encomium Moriae", pois tudo é o que é humano é mera economia da loucura. O mesmo apóstolo, São Paulo, dí-lo com todas as letras em uma das suas epístolas, o que Erasmo de Rotterdam só faz repetir o dito do apóstolo das gentes ou do gentio.
A volição é o movimento ou motivo do espírito (ou pensamento) . O ser é volitivo e evolutivo. Os pássaros estudados (objetos) por Darwin, nas ilhas Galápagos(Galápagos!) , são, ou seja, são seres, na infeliz redundância que nos faz descair a língua portuguesa, com certeza um idioma ótimo para mercar, porém ruim e pouco eficaz para pensar profunda e profusamente.
A lei em atuação,  o que quer dizer, o espírito ou tese de época (posição dentro de um contexto de terra, trabalho, relações político-econômicas que desabam no Direito e nas ciências, enfim, em todas as formas de relações ou interações humanas) posicionava a mulher como objeto  a ser alienado no comércio do amor); o novo "espírito" ou tese, ou exegese(exegese!) contextualizada pelo fluir do teatro atual do ser em palco social, comunitário, político, também põe o homem sob o jugo da lei, no mesmo patamar; ou seja, o eixo do objeto apenas se deslocou e ampliou o foco e apanhou todos os seres humanos agora dados ao comércio do amor", como dizia Montaigne. Todos estamos sob jugo legal; este nosso "matrimônio", no qual nos tonamos patrimônio do estado, através do "estado de Direito", que nos subjuga com leis, ou seja, escraviza, não mais apenas a mulher, mas todos, independente de sexo, "raça", fortuna ou o que quer que seja. Não co-pertencemos ao estado, como é assinalado em lei, de forma sutil, sub-repticiamente, mas pertencemos a este enorme Leviatã, que se enrosca até me nossos sonhos. Destrói o "foro íntimo" que imaginamos ter no ser que somos alienados, posto na tese do estado, que domina tudo : é o senhor absoluto, que serve como camuflagem para os seres humanos que dominam, que detêm o poder do estado assalariando sicários e outros lacaios servis, subservientes. Paradoxalmente, o estado, que é o Direito,  deixa que em inúmeras situações, que interessam aos todo-poderosos, que o ser humano defina sua vida em âmbito restrito, adstrito ao seu casamento e relações, laços, liames menores, mais brandos , nos quais são atores e atrizes os amigos, o amor, o trabalho, até certo ponto que não ultrapasse ou extravase o limiar do crime ou o tabu sempre um totem sem ou com corpo de artefato.
Jesus Cristo aboliu a lei; ao menos esta tese está a consonar com o que diz São Paulo, apóstolo. Todavia, a visão genial desse homem notável, profundamente e precocemente sábio, que foi Jesus, é a visão do reflexo de um  Narciso n'água, "suicidado", ou seja, que não cometeu suicídio, nem o  premeditou, mas que, ao se ver no espelho social, político, e, ao se refletir nele, que não é o mesmo ato de ver (refletir e ver), acabou se afogando na pequena lagoa dos anões no poder ( há milênios no poder político, graças às suas trapaças, Marília bela, minha única estrela do norte!), criadores da cruz e outros suplícios para os outros, apenas para se vingarem da própria cruz que carregam pesada : a feiúra de corpo e espírito que os perseguem toda a vida, existência fora."Pérfidos anões!', diria e disse Nietzsche, em sua obra "O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música". Em alemão :"Die Geburt der Tragödie aus dem Geiste der Musik", obra reeditada com o título : "Die Geburt der tragödie, Order :Griechentum und Pessimismus". 

 
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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

ORFEU(ORFEU!) - verbete


A escrita é uma dança com os dedos
e a mão que quer e acaricia :
- a carícia
na carestia,
na velha tia,
na hóstia, na eucaristia,
que toda tia gosta
e de mãos postas!
- posta a mesa
para o glutão
e para a comunhão
com Cristo,
nosso Senhor...

Na "Ostia Antica":("Ostia Antica!")
Roma existia
vítrea,
vitrificada
no vitral.    

A pintura outra dança
no mover da mão
a braço com o abraço
do braço com a tela...
Bela, a fricativa na boca,
sibilante,
uvulares,
labiodental...
na dança
com língua
de Sancho Pança
e Dom Quixote(Dom Quixote! :
que dom o dom de Dom Quixote!)
no mote
e no bote da serpente
enrodilhada dentro do bote rio abaixo,
a sibilar
na sibila (que sibila!),
na pitonisa,
na píton(píton!) reticulada
e em Pitágoras :
agora sem Ágora).

A mão dança nos dedos
ao desenhar o arco
do triunfo
que é uma dança no papel
do arquiteto
que a passa
em contradança
ao papel papal
que nem de uma papisa
- no papiro
tem o signo
onde giro eu
- eucarionte
ontem e tresontonte
do ventre livre
ao Monte Carmelo
hoje em um monte de caramelo
ou um amontoado de machimelo
em toada doce
de iguaria sem igual
para massagear os dentes
de leite das crianças
em danças
de infante
grimpante
e bactérias
quase etéreas
no lado invisível
do mundo cão pastor :
"Canis Minor",
"Canis Major"
a consonar com o céu
sem o anil vil,
metal, metálico.

O pensamento é uma "dançarina"
- uma bailarina
descrevendo senóides
pelo senos,
co-senos séculos fora.

As Três Graças de Canova,
Boticelli... : O pensamento é...
as Três Graças!
- e um bailarino
no filósofo-filólogo Nietzsche
que de ditirambo em ditirambo,
aforismo em aforismo,
até o desaforo!,
se dizia um dançarino,
porquanto salta o pensamento
aos olhos,
no caprídeo deus Pã,
desenhado, desdenhado,
e em ondas senoidais
quais peixes que tais
se acham em nado
( que nada!)
na cascata do rio São Francisco
de água santa e benta,
água com madeixas encaracoladas
pelos cabelos das sereias
e das medusas
descendo a cachoeira
que pranteia
o amor feliz
e infeliz
de minha avó,
em algum lugar
da não-Mancha( Mancha, manchego!,

não mancha)
ou da não-Mancha
no manche da Manchúria(Machúria!), quiçá,
de cujo nome
prefiro olvidar-me,
ou deixar descer
ao olvido,
sem ouvir
o rio letes
a bailar no leito,
lento, silente e sem leite,
aonde vamos em descenso
a braços com o barqueiro Caronte(Caronte!)
em barcarola funesta,
que levara Menipo,
segundo o segundo evangelho da Menipéia,
vetusto apócrifo ,
não meu, nem teu,
nem do ateu, nem do arameu,
nem de Orfeu(Orfeu!)...

A filosofia
e a poesia
é toda uma dança,
o mito em rito,
que dança é
e dança vivendo,
na mostra de saúde,
enquanto há vida...;
pois "enquanto há vida
há esperança", de dança!,
de amor!..., dizia minh'avó,
em sua fé,
antes do mundo acabar nela,
desmoronar a alma
dentro dela.
Todavia,  se há esperança,
há esperança que salve
o verde que brota
no sistema vegetal,

sistema verde
que nutre e repara a vida,

dá alma à alma... :
Sim, há  esperança que salve
e isto não é um fato,
mas um ato humano,

pois os fatos
já estão mortos
e embalsamados
sob os signos da história.

A esperança
é um ato humano;

ato este que produz  esperança :
"SPE SALVI facti sumus",
dança a carta encíclica
do papa Bento XVI
na mão e no pensamento
do santo padre :
sumo pontífice.

 
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

UNÍSSONO(UNÍSSONO!) - wikcionário

Cássia-imperial (Cassia fistula)
A flor caminha bastante
- é caminheira, andarilha,
jardineira, arqueira...,
cuja flecha é a semente
atirada à maneira de projétil
lançado com a funda ou a besta
- plantado os pés ao solo de trompas(trompas!)
para aquilatar a porfia
que se afia
entre Davi e Golias...

Vai, vai, vem  pelo caminho do bem
do sim e do amém :
azul carmesim amarela
- de um amarelo mais vivo
que  o pintado nas asas das borboletas
- amarelas
velas em asas navegando no ar,
naves, planadores...
Vai, vai e vem no vaivém das estações
pela "Via Cassia"
em castiço(castiço!) latim.

Escala morros, penhas,
e entre as brenhas está
com amor de flor
para abelha se melar toda (tola!)
no todo do mel sem apicultor (tolo!)
por ator econômico.
("Spe Salvi" caso seja a personagem
divina, mesmo na comédia,
nos atos do poeta,
escrita para ser inscrita,
ínsita no espírito da tragédia grega).

A flor pisa o solo do caminho com sementes
e leva um caminhão
- de flores
da bonina ao miosótis
a peregrinar à Meca(Meca!).

A flor caminha bastante
- é caminheira, andarilha,
jardineira, arqueira
cuja flecha é a semente
atirada à maneria de projétil
lançado da funda ou da besta
ao solo de trompas.

Vai, vai, vem  pelo caminho do bem
do sim e do amém :
azul carmesim amarela
- de um amarelo mais vivo
que  o pintado nas asas das borboletas
- amarelas
velas em asas navegando no ar,
naves, planadores...
cheirando o nariz do cinamomo
esparso no espaço que é ar a respirar
(Este o espaço!) :
"Cinnamomum cassia"
ou "Cinnamomum aromaticum"...:
madeira doce,
qual água doce,
dulcíssimo mel...

(És, Cassia, melhor que Ester
contra o Grão-vizir...
ó estrela Vésper!
- mais bela que Vênus
aglutinada na palavra
que refaz na vista
o planeta da deusa romana
em Estrela d'Alva,
da minh'alva
e minh'alma,
que não é minha,
mas tua, tua, toda tua,
no que atua

a tua alma

que minh'alma é

e ama a mar oceano 

sem fim de água azul...

- verde de palmeira

a bater as palmas

ao saber do amor inato

entre dois seres

que não podem viver em dueto,

mas sim em uníssono(uníssono!) :

um só sono
e um só sonho.
Minh'alma não é alma
sem a tua alma!
- Sem a tu'alma
minh'alma é alma-de-gato,
ave passariforme meramente,
da ordem menor dos frades mendicantes).

A flor pisa o solo do caminho com sementes
e leva um caminhão
- de flores
da bonina ao miosótisem peregrinos (peregrinos!)
rumo à Meca.

E que chova potes
no chapéu do miosótis!

French horn.jpg

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sábado, 1 de dezembro de 2012

DESPENDER(DESPENDER!) - etimologia etimo

Meu tio-avô tinha um carro antigo
preto, daqueles tipo manivela,
mas já sem manivela (manivela!),
cujo motor fazia um ruído de gente gargarejando
com romã e água :
glute glube "gluve"
gargarejava o motor
( Será por isso que amo carros antiguados,
daqueles do tempo do dele?!)

Ele era alto, magro, moreno ao matiz  da melanina
ao "andalus" ( Al-Andalus")
dos povos de Espanha
( meu pai se dizia de Mar de Espanha!),
dos mouros, moçárabes de Granada,
contido em sua aparente frieza inacessível,
de pouca fala
não desperdiçava uma palavra,
introvertido,
calmo, frio ( frio?!) médico e homem
tal qual meu avô,
seu irmão,
que não conheci,
não sei do temperamento,
se quente, se frio, se morno,
se extrovertido ao modo do jargão de Jung,
porque morrera num desastre de avião :
teco-teco, imagino,
quando minha mãe orçava pelos seus quinze anos!
( Por isso tenho medo de entrar em avião
e fascínio por jato supersônico
rompendo a barreira do som
suspenso no ar da manhã de abril...?!
E estudei medicina desde tenra idade,
autodidata (autodidata!),
e em  menino inventava remédios
para as galinhas
e operava os pés lacerados dos galináceos?!
Seria rito genético
estudar com afinco genética,
ornitologia, entomologia, psicologia...
 desde os 8 meses de idade?!
Fábio de "faber" não crê,
mas Fábio de "bio"
- "sábio".)

Morava a um filete de luar de casas
lá de casa,
nem mais quadra ou quasar.
Vivia amancebado com uma mulher gorda,
muito branca, de voz roufenha,
simplória como a glória
de um homem.

Ele me parecia velho,
mas aos quinze anos
quem não é olhado como velho pelo jovem?!
( Esta a alteridade do mancebo
com a Ancião dos anos?!...).

Devia orçar  (virar a proa do veleiro brigue

- veleiro brigue antes da arribar )
pelos cinquenta a sessenta anos,
o velho veleiro brigue.

Não sei se fora casado,
se tinha filhos;
com a mulher com quem coabitava
não os tinha.

À época eu não sabia
que ele era meu tio-avô.
Acho que quase ninguém sabia
e aqueles que tinham ciência do fato
mantinham a discrição do tempo
que fazia o ser do homem
costurado com o contexto temporal :
Costumes costurados ao homem de antanho.

Ele se estabelecera num consultório,
que era uma antiga vivenda,
frente à praça da Matriz
onde havia uma escultura de Cristo
toda branca de  lua no meio dia,
parecendo lua pintada da "cor" de nuvem branca...
a alguns passos do paço do caís,
que era um mirante para a areia alva,
duas rochas no meio à correnteza
de um rio santo igual a São francisco de Assis
abençoando a terra boa
de homens ruinosos,
a cobra "mboa", no tupi dos tupis,
guaranis guapos, guaranás, ananás;
serpente constritora
que do tupi "mboa"
migrou para o português na palavra jibóia :
uma canoa com canoeiros à margem do rio santarrão
e da economia marginal.

Quando eu ia ao consultório dele
na companhia de minha avó
ele sempre a tratava com desvelo
infinita paciência para com os seus choramingas de viúva
( Viúva de Sarepta!)
e quando ela emitia seus queixumes
sobre as dores que afligiam
todas as Marias das Dores,
suplicando por remédios
ele dizia : não é nada, Mariinha!"

(Qual o nome da rosa?!
- para mim este era o nome da rosa!...) 
Depois da consulta
quão aliviada ela parecia!
Saía aliviada da pena pesada 
que se impunha indevidamente.
Penosa carga,cruz lastimosa
de todos os Cristos que somos.

Outrossim, quando a moléstia era comigo,
olhava-me com uns olhos estranhos
de quem tinha caminhado ao meu lado
por toda uma vida antepassada
na estrada da genética
e conquanto aos ritos dos olhos
não acompanhassem o corpo
por causo do autodomínio
de um homem de cérebro gelado
e gestos contidos,
o olhar cumpria todos os ritos
de um zeloso e preocupado tio-avô
que, não obstante,
nem a palavra me dirigia,
embora me atendesse
antes de todos
que já estavam no consultório,
ainda que seu fosse o último a chegar
e o recinto estivesse cheio de pacientes.

Minha avó morava meio filete de sol
do consultório dele
mais perto dos pés descalços
do santo rio carmelita descalço
ande o profeta João
batizou muita gente
no tempo mítico
que é o pretérito
contado em fadas e duendes, elfos, sacis, lobisomens...
"muares" sem cabeça (mulas-sem-cabeça!).

Minha avó morava numa casa simples,
digna de atender à pobreza do santo de Assis,
que ali podia por embaixo a cabeça
com o chapéu de telha-vã.

Meu avô sempre marcava encontro com ela
na bela praça
que dava de olhos para o rio
cheio de amor com odor de peixes.
Até a água traz o cheiro do peixe em escamas
nas camadas do corpo-sereia.

Quando eles se encontravam
minha mãe, então com suas quinze primaveras,
estava presente.
Ele a tratava como filha que era e é
( verbo tem voz no presente,
mas guarda voz mnemônica
e imaginada para futuro sol).

A paixão do amor entre eles
é a mesma que emerge
em qualquer casal
preso à essa energia
que o corpo tem a despender (despender!)
prodigalizando o melhor de si
na música que é a arte da vida
desde o soprar e puxar um oboé do vento

( do pulmão, do fole do vento!)
como instrumento de sopro
que dá o prazer de amar.
A arte é a felicidade física-química-elétrica
no corpo sadio
que pode se dar ao luxo do amor.
O amor é um esbanjamento de energia vital :
a maior riqueza,
a fortuna de ter vida plena a prodigalizar.

Quando meu avô morreu tragicamente
ele já havia acertado com minha avó
as bodas que teriam
se a morte não fizesse a travessia
pela metade do caminho
que não os separava
um Romeu e outra Julieta
que dormitavam na poética
escrita para eles, entre enamorados,
no sagrado livro do poeta santo.

Meu avô ainda era casado com outra,
mas minha avó não entrou no velório
como "a outra",
mas sim como esposa
separada pela morte
não do cônjuge,
mas do esponsais,
das bodas adventícias
marcadas para um tempo
que não existiu
ou deixou de existir com o finado corpo,
a finada energia do meu antepassado.

( O corpo é um acúmulo de energia,
uma armazém de vida,
que se consume rapidamente
quando  coração se desespera na corda,
dá corda na corda bamba,
bate desesperado para salvar a vida
e acaba por gastar toda a energia
nesta tentativa de sobrevida:
o organismo é uma fábrica de energia em produtos
e o depósito dessa energia em massa
a ser distribuído pela economia da vida).

 Os mortos estão vivos
- "in core"("in core, in core"!)
estão ativos no teatro mnemônico
e continuam com seu livre-arbítrio aberto,
ignorando os loucos polígrafos
que pensam que sabem pensar
porque sabem escrever com engenho e arte
à Camões, Luiz Vaz, "Os Lusíadas".

Não me lembra
a morte de meu tio-avô;
jamais tive notícia dessa morte,
senão num nome de avenida
em memória dele,
"in memoria Dei".
Mas se tem algo "in memoriam"
é porque ele morreu.

Não sei se ele era dos guelfos
ou dos gibelinos;
devia ter seu merlão gibelino

nas suas fortificações
ou estar nas crônicas da família guelfa,
mas nunca esteve em guerra :
só consigo, talvez.

Para mim meu tio-avô
continua vivo
com sua mulher e seu carro antiguíssimo
sua face serena, trigueira,
porque o que matou ele
foi o nome de rua,
mas não o nome da rosa
- da rosa que ele amava...
e ama!, porque é obra de Deus,
não obra do deus Cronos :
o amor é imperecível,
intangível, infungível,
sem fusível
que possa apagar a luz do sol
num céu solar ou lunar.

 http://scienceblogs.com.br/hypercubic/files/2012/08/ford-model-t-1908.jpg
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domingo, 11 de novembro de 2012

SUNTUOSO - glossário


Mister (é) inventar a paz
ou descobrí-la lá onde brilha e canta :
descobrí-la no colibri, lá na brisa,
cobrí-la na aragem natural
que corre mundo
até onde vai o mundo
e chega ao fim-do-mundo
para o indivíduo duo,
- dual em dueto;
solista, solipsista
ou em coro angélico no cantochão,
a consonar com a paz
anagógica na figura da pomba cubista de Picasso,
tonante na caixa de ressonância do violão,
em bandos de banjos
à mão ( às macheias!) e nos dedos dos anjos,
anjos-dáctilos ...
que dedilham banjos anchos...
- por Júpiter...! Capitolino,
no monte com mote do deus
em tempo e templo Capitólio,
no teatro, anfiteatro, município
das minas gerais do pobre Aphonsus
a ouvir os responsos dos sinos
em ais nas catedrais drásticas
nas atitudes dos gárgulas em Notre-Dame...

( Ah! há a paz nos vegetais, deveras...
Aloé, Cássia! : "Aloe vera! ).

Mas mais: e muito mais e mas
para maior glória da paz
e "ad majorem Dei gloriam" ,
cujo acrônimo é AMDG
lema que frutifica em lima (laranja)
na santa Sociedade de Jesus,
sempre em companhia de Jesus
desde o basco santo Ignácio de Loyola :
paz por dentro e por fora do homem
tal qual no vitral exegético da catedral
gótica ilustrada, exegética,
em teologia lunar,
teogonia solar
e epifania de luz
de Jesus em agonia na cruz
e na luz que nada na via crucis,
"crucis" via do dia-a-dia
que nada adia
no medrar sem medo das três crucíferas
graças às três graças
e as três garças
originárias da munificência divina
e também, após o pó de Belém,
 em Canova esculpida...
- quase em vida na pedra deste outro Pigmalião!


( Oh! ò Vera,
aloé, Vera!
( "Aloe vera"),
a paz na mulher
é "vera" no latim
que late "Aloé vera"
quando nomeia a babosa
( "Aloe vera" ),
mas ama Vera, deveras,
porque a babosa é um bálsamo
e tem apenas relação plantar com a Cássia
( "Cinnamomum cassia"
ou "Cinnamomum aromaticum")
ou a acácia enfunada em flor :
a verdade do latim
e a mendacidade na mulher
em latitude latina
e atitude floral...)
Mister, ego,
ego meu, egocêntrico,
que haja preeminência da paz
ao longo e além da envergadura da asa da pomba
em dulcíssimo tatalar em voo
sobre a cabeça de Jesus recém-batizado por João
coroando com o lilás da trombeta de anjo
exuberante na glória matutina
prefigurando já na manhã sã, malsã,
um reino de amor
porquanto a paz é o mesmo que o amor
com outras nuances na palavra,
em outra acepção
e atitudes, gestos, atos humanos...:
a paz não cabe numa palavra,
numa locução verbal ou nominal,
nem em muitas frases,
nem tampouco nas orações dos livros longos e sagrados
com todos os tomos
que o mulos carregam nos lombos,
pois se assim fosse o fosso
o mar vermelho não daria passagem
sem profundo pesar do pélago
aos pés enxutos dos judeus errantes
que acorriam ao mar
que late a escarlate em policromia
mas não mia
nem tampouco mama
senão em italiano
belo idioma que chora e mama
na poesia de Tasso, passo a passo
com o calor do Vesúvio...
Se assim o fosso fosse
o Rubicão secaria ( transudaria?) os pés de César
antes da travessia e ante a travessura
que César faria
( Ou César fará?! ).

A natureza sabe e fabrica essa paz amorosa
ornada até no mel de flor de laranjeira
ou no ato do predador,
da besta atrás do alimento
e não de matar por puro ato gratuito ;
contudo, nós, humanos,
vê-la ( à paz) podemos
apenas pela vela a velar os olhos
com o véu das luzes diáfanas,
feéricas, com cores tamisadas
nos vitrais das catedrais góticas,
ou em trevas densas, pesarosas,
onde não podemos ver...
ou mesmo antes das luzes estivais e trevas espessas
no xadrez das barras do dia e da noite
a apascentar a alma com luminárias :
templo em tempo de lusco-fusco
ao sabor, a saber, amargo nas boninas,
bonitas em Anitas.

( A paz assente no belo
na beleza da alma e corpo são,
em plenilúnio de lua, sol e sal (mineral),
porquanto o corpo são produz a alma sã,
com a mente sã sumo e unguento aguento
e vice-versa enquanto o campeão, o vencedor prosa.
A mesma paz ausente
do bello gálico
porque paz não é pus ).

Quiçá juntando razão e paixão
façamos o amor brotar
nas vergônteas que brotam da paixão de Eros,
à erótica, no sensualismo do amor,
ou na erupção exuberante da paixão ágape.

( Havia a via crucis
com uma paz de pinha
na poesia inebriante, inebriada de Paul Verlaine
e do Paul dos Beatles,
besouros de ouros,
escaravelhos dos velhos hieróglifos,
insígnias, selos, cartuxos dos faraós do Egito
tais coleópteros).

Unindo amor e racionalidade
talvez possamos por,
enquanto ser alienado de nós,
o amor no mundo,
não apenas na alienação do mito,
mas como realização da práxis
- não de Marx,
nada de Marx
que sua utopia pia
fez na foz;
tampouco de romana pax
- não de Marx,
e sua entropia
que antevia aquilo que em "crucis via"
era do vozerio do profeta a via
dolorosa que havia
antes do ato em "persona"
de criar sua utopia
sem o "pathos" da criança Sofia,
que tem um pacto de amor com a paz.
 
( Paul , o grande paul,
amo o paul imenso,
profundo como o sono dos justos,
acertados em saúde;
o paul esparso em garça e saracura,
algo altas peraltas ...:
Pernaltas?!
Perna longa, perna-de-pau...
Perna de paul!)
Mister criar a paz ingente
nas gentes, urgente nos agentes,
ao invés de obnubilá-la
no lá lá lá nu do blá blá blá blau
a obnubilar a paz cá e lá.

( Cá já há a paz.
Caju lá e paz de Alá lá.
Cá...cá, lá o lá lá lá da paz
dita, maldita no maldito Modigliani
e no tio Sam, suntuoso,
ungulado na besta...: besteira!).

Paz no pacífico
oceano que ano a ano amo
sem recorrer a pacifismo
ou outra doutrina para embalar surfista em onda...:
a paz é a rainha de Nossa Senhora de Fátima!,
porém não de Lourdes,
que é minha mãe
- Maria de Lourdes
filha de Castro
e cônjuge de Gribel.
Gilson, meu pai,
meu filho
e meu espírito santo,
o consolador
que Jesus deixou
em sua imensa piedade....
e mansidão de rio doce
onde mana maná de leite e mel,
não no leito,
mas no leite que emana da fonte de Lourdes...

 
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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

POTÊNCIA - glossário

Gostaria de deixar um filho com ela
a medrar dentro do seu paul :
Paul ou Saul ou Raul .
Um menino bem-nascido
que tenha o estro de Manuel Bandeira,
mas não desfralde(?) bandeiras
ou creia nelas
tampouco nas gestas históricas ou lendárias...
- que todas são lendárias,
mitos da pré-história
tempo de nenhuma língua na boca
ou escrita à mão de um Santo Antão,
certo santo ermitão de então,
de antanho.
Que seja antes de todo o tempo
um rei da alegria
pois quem tem alegria tem paz
e quem tem paz
esculpe a serenidade em corpo e mente,
escultora do corpo anatômico
( a mente é o corpo fisiológico
que divide o homem ao meio
com a mulher na meia )
plasma um espírito sereno
sem chapéu para apanhar de concha
o orvalho ("sereno") da madrugada
que canta no canto de Jorge Ben Jor
num pé só
porém não de saci-pererê
porquanto poderia ribombar
esse dizer
na hipocrisia estapafúrdia
do "politicamente correto"
quando quase nada,
de fato e de direito,
é politicamente correto
na política,
porquanto "pau torto que nasce torto..."
de tanto se banhar ao sol!,
clemente, inclemente...
"morre torto".
 
Uma criança que poderá
vir-a-ser um virtuose ao piano
ou um filósofo cético
sem filosofa rebuscada;
um incréu "moderado"
porque qualquer e toda crença
só traz desavença
quando não livra o espírito de pertença
antes o institui,
sopra em bolha, estatui...
pois o mundo maniqueu
entre Deus
e o diabo
é o territória da crença :
terra aflita
em conflito...

Uma criança que diga
com giga
bytes de potência:
"Sursum corda"!
aos corações dos homens ( e mulheres!)
sem corda
na rabeca;
sem acordes
- sem acordar ...

 
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domingo, 14 de outubro de 2012

AFORISMO - léxico



As palavras não acompanham o movimento rítmico da química, pois enquanto a medicina pensa, fala e escreve pelo médico, a química já passou para outra fase, aonde ainda não foi o pensamento, preso ao seu envoltório contextual, malgrado dos esforços despendidos pela etnologia, que nos ensina o contexto comparativo, a fim de que possamos, com tal paradigma, ler o nosso universo contextual, microscópico. Mas não lemos, não aprendemos o alfabeto para tal leitura penetrante.
As palavras, outrossim, não alcançam a  complexidade, o espaço geométrico complexo que está na mutação  do corpo, mormente porque tal complexidade do organismo ocorre não do organismo estar sendo estudado em absoluto, ou na "absolutismo" que a abstração, que é um instrumento auxiliar e essencial ao estudo, deixa entrever no "escapismo" da relação; e não uma mera e isolada relação, mas todos os laços com o cosmos, com o tempo ou ritmo que o universo emprega nesta relação e todo o espaço que abre o infinito matemático ante os olhos que não podem ver a finitude, nem tampouco o cérebro por seus instrumentos mentais, dentro os quais estão os símbolos, signos, sinais e as linguagens das ciência, no caso aprestada para atender os desígnios que o homem persegue enquanto matemático, uma de suas alienações que, do pensamento exterior ao mundo, quando se separa pensamento do homem e natureza, vai ao universo através do mistério ou festa ritual 
( "Festum Asinorum" ou " A Festa do Burro", que é um antigo mistério medievo ), mistério este que traz o pensamento universo posto ou lançado fora do pensamento humano, no matemático, que é  apenas um mistério ou um rito com um personagem que representa o homem, sob a  fantasia ou alegoria do matemático, que somente existe enquanto há o homem a embasar sua personagem de mistério festivo ou religioso. O Carnaval é um desses mistérios festivos.
A complexidade no qual o espaço está escrito e tecido o olho não alcança, porquanto o olho vem depois desse tecido, da tecitura espacial, pai material do olho, um órgão  do sentidos, padre espiritual do olhar, um objeto de pensamento, uma abstração ;assim o microscópio também não pode desvendá-lo, ou desvelá-lo, pois o espaço é anterior a tal invento humano,  o espaço não-geométrico, mas sim  natural, é o pai do órgão visual , o  qual tem a mãe como matéria e a energia como o amor que move, modula e molda a matéria na química e na física, que estão antes das palavras, as quais não as alcançam, mesmo porque a complexidade do espaço cósmico só aumenta e o ritmo do tempo na química também. É o paradoxo de Zeno envolvendo a tartaruga e Aquiles e a fábula "a lebre e a tartaruga", atribuída a Esopo. Sem ambargo, as linguagens, como as matemáticas, chegam mais próximas da complexidade do espaço, mercê de sua própria complexidade, que traz em si grande parte do aparato mental constituído de símbolos e signos. O mesmo vem ocorrer com a apreensão e compreensão do ritmo  natural ou tempo. 
A química, enquanto ciência, tem a "velocidade " da linguagem, que não acompanham a química enquanto conjunto de fatos naturais, dada "ad infinitum" do olho e dos instrumentos humanos, bem como de sua linguagem; por isso, não demarca tempo ou ritmo para ficar par a par com a natureza, quando posta em química, pelo arbítrio humano. Em verdade,  a ciência, na economia da Antiga Grécia, era una e, concomitantemente, combinava ou correspondia à unidade do ser erigido por Parmênides, ou seja, a única ciência para a natureza era a física ("phisys"). Não havia sua antípoda "metafísica", na qual nem Aristóteles pensara. A expressão "metafísica'" é de um compilador da obra do filósofo da Academia, cujo fito era separar a parte da filosofia de Aristóteles que não fosse sobre o pensamento u filosófica : a parte que não tratava da ciência ou física ou "Phisys" ou matéria, natureza, ou o que os  gregos, no pensamento de Aristóteles, pensava sobre o significado do "logos" "phisys", que é intraduzível.
Cabe a distinção entre ciência, no sentido estrito de conhecimento, ou busca do conhecimento erudito, da ciência enquanto instituição. Esta última não é ciência propriamente dita, porque contém o aspecto que macula a ciência : a fé,; no caso, a fé na prova. Aliás, toda política ( a religião e o direito são políticas, além de linguagens e instituições), tem mister do mistério de uma fé. 
A ciência, enquanto produção de conhecimento, não tem contexto exterior, porquanto é individual, intimista mesmo!,  não é coletiva, para o rebanho,  como o é a ciência-instituição ou a instituição da ciência, sempre sob os cânones do direito, junto às linguagens que concorrem para formar o direito,  que lhes dá um contexto ; a saber : um credo político, ideológico, prático, valores, interesses espúrios, preconceitos do momento, modas no pensamento, ídolos da ciência, etc. 
A ciência institucionalizada, oficial, não apregoa o conhecimento vivo, do momento, que nasce na mente do homem, enquanto ser individual, hoje, agora, neste instante em que insta a vida, livre de contexto (pressão ) político ; não está num contexto exterior ao indivíduo, mas apenas no contexto interior, que o ser humano amealhou no curso de sua travessia afinada com a vida e suas experiências pessoais, únicas, intransferíveis.
A ciência de fato, não a de direito, a institucionalizada, amarrada nos grilhões das leis em milhões nas diversas economias a que estamos submetidos ( a economia da salvação, por exemplo, a economia do direito, a economia da ciência, da mídia, da política, da  filosofia, etc.); a ciência de fato nasce e é produzida por um indivíduo isolado ou em companhia de outro semelhante, com o mesmo propósito, pensamento e objeto de estudo.Tal como a   filosofia, a ciência assim constituída no espírito solitário do ser humano, não crê na prova, conquanto procure a prova contextualizada nos cânones que contextualizam a ciência e que tem o poder político e  de mídia de destruir ou desmoralizar o pensamento de um sábio, se ele fugir minimamente aos cânones exigidos com todo o rigor, se o sábio não provar contextualmente as suas assertivas em conformidade com a crença probatória dos senhores no poder da cátedra, outro poder político.
Na realidade, a prova é um artigo de fé, porquanto está inserta num determinado contexto. Na maioria das provas, promovidas com instrumentação tecnológicas, as novas pantomimas dos velhos sacerdotes e mágicos no poder de polícia ( poder político), na maioria das vezes o que prova é aquilo que todos os envolvidos no processo probatório desejam com ardor que seja provado definitivamente, "ab aeterno". São provas contextuais, de pouca monta, que não resistem ao tecido roto do tempo. Aliás, não há prova, por mais substanciosa, que resista ao tempo e não se rasgue em outro contexto. Entrementes, os aforismos dos filósofos e os versos dos poetas são eternos ou são o próprio tempo passado e presente no indivíduo que foi-se com a morte ( fugiu com a morte?), mas ficou vivo e no tempo presente na alma ou espírito de outro indivíduo, que o leu e compreendeu, cantou com ele a melodia da vida, só assim eterna.
Há os insurretos, os dissidentes,  que a nada se submetem,  com todos os dentes que ainda tenham, rilham ; estes entes são, então, denominados , rotulados de filósofos ( algo vago ), quando seu pensamento é tolerado ou o contexto que o pensamento do sábio cavou em membros influentes do conhecimento, não permitam descartar o sábio rebelde. Então os classificam como filósofo ou pensador, se não algo inofensivo : escritor. Olvidam ou não sabem ( não são lidos e cultos) que escritores como Dostoievski e Kafka, dentre outros, foram os verdadeiros sábios que construíram grande parte da ciência em seus livros despretensiosos.
Os filósofos, homens livres e emancipados no conhecimento, eruditos que são, experientes em vida, lidos, cultos, incréus de tudo, são tão livres que não têm convicção nem de sua filosofia, discrepam de todos e de tudo, inclusive de si, e, assim, sendo livres até de si pois sabem que o pensamento passa pelo filtro de um contexto interno e outro externo, que o pode apagar no futuro, se não no momento em que criam. Há esses pensamentos natimortos.
Os filósofos, com sua descrença, tornam a ciência saudável, viva, livre, emancipada da política, etc. Eles são as colunas que sustem o conhecimento e a coragem de produzir e promover o conhecimento e a sabedoria.


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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

ÂNCORA - wikcionário


Há países em que o estado de direito é voltado para fins domésticos, ou seja, trata-se de um estado doméstico, no qual o estado é a Casa do  político e não o "habitat" do povo em território sem timão, nave sem tombadilho ( onde dançam os escravos referidos em Castro Alves! : o maior e melhor poeta em português da Terra de Vera Cruz), mastro, mezena ou âncora ; este povo que cai na enxurrada, ano pós ano, morro abaixo, soterrando com as encostas às costas.
Neste caso, terra à vista desde a gávea,  Brasil à vista!, o estado que há aqui, prospera e prosperou, história fora, foi um estado anômalo : o estado doméstico,  estado de fato, porém não de direito; logo, há a base física do estado : a terra e o povo, mas não o direito, o qual está apenas na ficção jurídica,  não no estado, que é fático, não jurídico ou jurígeno, o qual é ignorado pelas pobres e as decadentes elites pouco inteligentes e, consequentemente, não esclarecidas, vincadas no de mau caráter.
Elites estúpidas não  passam do fato ao direito, não separam essas noções, pois esse passo titânico depende da evolução intelectual do povo, enquanto etnia. Essa operação intelectual é produzida por seus sacerdotes e escribas, que fazem parte do poder, tem um dos três ou quatro poderes do estado e, portanto, liberdade e vigor e pachorra para a produção intelectual, que vem com o ócio, com as classes ociosas dos pensadores que escrevem a crônica do povo ( os historiadores), cantam seus feitos ( os poetas épicos ) e pensam seus deuses  ( os poetas em suas teogonias e os pensadores e teólogos, moralistas, fabulistas em suas "filosofias" pragmáticas, utilitárias, mas abstratas e abstrusas, que assentam as primícias das linguagens matemáticas que depois atinge a física, a ciência, enfim).
O objeto do estado de fato, objeto fático, vínculo de estado e direito,  pela subsunção, na união final de direito e fato, no caso, estado de fato, subsunção que dá o objeto da ciência jurídica, o qual controla ou visa controlar relações de fato através de aplicações de ilações de direito, porque se, da hipótese no direito positivo ( lei)  ao fato coincidente ou descrito claramente com a hipótese legal, se não perfaz o caminho que dá nessa fusão de fato natural, social, cultural e hipótese jurídica descrita em lei,  deixando, destarte,  de existir duplamente ou em dois, porquanto tal relação somente  é possível na forma de gêmeos germanos ou siameses, quando, então, é necessário, não contingente ou acidenta, na consonância das gnoseologias de Kant e Aristóteles. Sem esse vínculo indissolúvel, é apenas mais  um par em divórcio frequente : duas vozes discrepantes, dissidentes, incompatíveis. Assim, em divórcio, é objeto fantasma, fantasmagórico sem fato nem tampouco direito algum a se reportar.
Aliás, muitos cientistas ignoram o conceito de objeto e muito menos têm ciência da bipartição do objeto em objeto de fato e objeto de direito, os quais, ao se ligarem no mundo, com a alienação do pensamento do cérebro no mundo, ou seja, na junção de fato e lei (hipótese legal). A lei é o direito posto ou positivo; o direito em si é negativo, filosófico, uma nadidade cujo objeto está posto em símbolos e signos no ser. Aliás, nos seres do discurso, que são vários e obedecem ao comando das linguagens e do não-ser, que é o negativo do negativo. O ser negativo do não-ser ;do não-ser ainda, do vir-a-ser, porquanto não há ser para trás do tempo, ser-que-foi, ser-ido nos idos do tempo, conquanto exista  um pretérito em verbo, mas não em tempo vital, real, atual, atuante, tempo-ator ou tempo-em-ato, que é o fio do tempo real, existencial, não essencial, de realidade e realização e não a nadificação que implica o ser e o não-ser.
Pela explanação supramencionada é possível ler as linguagens matemáticas que vieram da filosofia e da ontologia, principalmente, pois a ontologia é a mãe do objeto e dos monstros conceptuais que distam ser e não-ser, na negatividade que desfaz e assim analisa o positivo, o posto enquanto ser nas coisas, nos objetos, nos fenômenos, etc.
O senso comum e a gramática vêem o objeto não como um ser dado pelo ser do homem, na ligação ou intersecção do interior do homem ao mundo  exterior ( união estável do macrocosmo e microcosmo), natural, real ( constituído de coisas, não em-si, mas para o olho do outro ou o olho do furacão, que tudo vê ); logo, no senso comum e na gramática, o objeto é desenhado sobre o corpo físico,  produzido pela indústria do homem ( entenda-se por indústria : trabalho), no artefato, objeto produzido pela técnica, sob os rascunhos ou esboços em equações que exprimem a linguagem da ciência; este artefato, indubitavelmente, não deixa de ser um objeto, no caso, objeto do fazer da ciência e técnica, com linguagem e produção; contudo, não se trata de um estudo sobre o artefato, que, assim, não é objeto de ciência enquanto considerado meramente como artefato, produção cultural, ao invés de objeto de estudo, que tem os dois lados da moeda.
 É, tão-só, objeto de técnica e linguagem da ciência, mas não objeto de ciência mais, pois há o pressuposto lógico e óbvio que, se é artefato, produto humano ou da cultura,  já foi estudado enquanto objeto antes de se transformar em artefato humano que, pode, inobstante, vir-a-ser objeto de ciência, pois o artefato é outro objeto, um objeto realizado ( não um mero objeto da realidade ou natural, porém produzido pelo labor humano, com ciência na etnologia ou etnografia. Fora isso, como artefato puro,  não é objeto, ou deixou de ser objeto, ou ainda é apenas coisa. Donde se conclui que, na contemplação da etnologia é objeto de estudo científico;  na gramática, objeto do sujeito, em relação ao sujeito e para o sujeito, dentre outros objetos possíveis e passíveis de estudo que pode ser em milhões ou bilhões ou estar nesses números encravados, se não passa ao infinito matemático, infinito de linguagem.
O objeto de estudo da ciência está no envoltório do fenômeno; entretanto, não é uma fenomenologia, senão no homem, ou no pensamento do homem, que ocorre como ato, analisando a "transliteração" de ato a fato ou seja, o estudo do próprio fenômeno, pela filosofia. A filosofia, assim como o direito, não tem objeto, mas objetivo; logo, no discurso privilegiado da filosofia  não é estudo do objeto o que ocorre , pois a filosofia não estuda objetos, não tem, não se declina sobre objetos,  mas somente sobre  atos e fatos mentais e naturais.
 Na ciência, ao contrário, acontece o estudo do objeto que os sentidos lança, atira no ar,  através dos sentidos, que então os estuda; portanto, na ciência, o fenômeno é estudado, sendo o fenômeno, então, um objeto de ciência.Sim, o fenômeno é algo lançado pelos sentidos, é objeto passível de estudo pela ciência; todavia, é muito mais que isso, pois envolve atos e fatos que são analisados no crivo da filosofia ( não estudados), pois ali há inúmeros objetos, de um vez dados aos sentidos, grudados, inseparáveis ( feito cascavéis), indissolúveis,  e, como é impossível estudá-los assim, como vários objetos colados uns aos outros, o jeito é entregar esse "estudo"  holístico à filosofia, pois é um estudo sem objeto singular, porém com uma infinidade de objetos amalgamados, plurais, porém indissolúveis, impossível de dissociarem-se  em objetos individuados pelo sujeito que os sonda desde os sentidos, sem se lograr distinguir formas e conteúdos substanciais determinados, individuados, porquanto vêem em cambulhão, de enxurrada, como uma onda de luz, eletromagnética ou do mar, do rio.
Assim amalgamados, é da alçada da filosofia, que não visa objetos, porém traça e observa objetivos, valorando-os ou não. Amálgama de axiologia e fenomenologia. A filosofia não tem mais a função de estudar o objeto, mas de estudar o estudo : epistemologia. O estudo do objeto concerne à ciência.
O objeto é algo assim como uma  não-coisa,  dado pelos sentidos, por trás do qual está o sujeito; o objeto existe somente coberto pelo véu dos olhos  que olham e vêem sob o véu de luz ou trevas que o cobre, o esconde, tal qual o véu ou a burca esconde a face da mulher, vela a face e pelo véu do mundo interior do homem, onde o objeto é recebido e emitido, no vaivém do ser e não-ser, que forma o conhecimento e dá seu conteúdo.
Um estado sem direito está descrito por Castro Alves no poema "O Navio Negreiro", obra-prima da literatura mundial, poesia de primeira grandeza ou da maior grandeza. Estrela alfa na constelação da Virgem, de Órion, da Cão Maior ou Menor, da Ursa. 

Há países em que o estado de direito é voltado para fins domésticos, ou seja, trata-se de um estado doméstico, no qual o estado é a Casa do  político e não o "habitat" do povo em território sem timão, nave sem tombadilho ( onde dançam os escravos referidos em Castro Alves! : o maior e melhor poeta em português da Terra de Vera Cruz), mastro, mezena ou âncora ; este povo que cai na enxurrada, ano pós ano, morro abaixo, soterrando com as encostas às costas.
Neste caso, terra à vista desde a gávea,  Brasil à vista!, o estado que há aqui, prospera e prosperou, história fora, foi um estado anômalo : o estado doméstico,  estado de fato, porém não de direito; logo, há a base física do estado : a terra e o povo, mas não o direito, o qual está apenas na ficção jurídica,  não no estado, que é fático, não jurídico ou jurígeno, o qual é ignorado pelas pobres e as decadentes elites pouco inteligentes e, consequentemente, não esclarecidas, vincadas no de mau caráter.
Elites estúpidas não  passam do fato ao direito, não separam essas noções, pois esse passo titânico depende da evolução intelectual do povo, enquanto etnia. Essa operação intelectual é produzida por seus sacerdotes e escribas, que fazem parte do poder, tem um dos três ou quatro poderes do estado e, portanto, liberdade e vigor e pachorra para a produção intelectual, que vem com o ócio, com as classes ociosas dos pensadores que escrevem a crônica do povo ( os historiadores), cantam seus feitos ( os poetas épicos ) e pensam seus deuses  ( os poetas em suas teogonias e os pensadores e teólogos, moralistas, fabulistas em suas "filosofias" pragmáticas, utilitárias, mas abstratas e abstrusas, que assentam as primícias das linguagens matemáticas que depois atinge a física, a ciência, enfim).
O objeto do estado de fato, objeto fático, vínculo de estado e direito,  pela subsunção, na união final de direito e fato, no caso, estado de fato, subsunção que dá o objeto da ciência jurídica, o qual controla ou visa controlar relações de fato através de aplicações de ilações de direito, porque se, da hipótese no direito positivo ( lei)  ao fato coincidente ou descrito claramente com a hipótese legal, se não perfaz o caminho que dá nessa fusão de fato natural, social, cultural e hipótese jurídica descrita em lei,  deixando, destarte,  de existir duplamente ou em dois, porquanto tal relação somente  é possível na forma de gêmeos germanos ou siameses, quando, então, é necessário, não contingente ou acidenta, na consonância das gnoseologias de Kant e Aristóteles. Sem esse vínculo indissolúvel, é apenas mais  um par em divórcio frequente : duas vozes discrepantes, dissidentes, incompatíveis. Assim, em divórcio, é objeto fantasma, fantasmagórico sem fato nem tampouco direito algum a se reportar.
Aliás, muitos cientistas ignoram o conceito de objeto e muito menos têm ciência da bipartição do objeto em objeto de fato e objeto de direito, os quais, ao se ligarem no mundo, com a alienação do pensamento do cérebro no mundo, ou seja, na junção de fato e lei (hipótese legal). A lei é o direito posto ou positivo; o direito em si é negativo, filosófico, uma nadidade cujo objeto está posto em símbolos e signos no ser. Aliás, nos seres do discurso, que são vários e obedecem ao comando das linguagens e do não-ser, que é o negativo do negativo. O ser negativo do não-ser ;do não-ser ainda, do vir-a-ser, porquanto não há ser para trás do tempo, ser-que-foi, ser-ido nos idos do tempo, conquanto exista  um pretérito em verbo, mas não em tempo vital, real, atual, atuante, tempo-ator ou tempo-em-ato, que é o fio do tempo real, existencial, não essencial, de realidade e realização e não a nadificação que implica o ser e o não-ser.
Pela explanação supramencionada é possível ler as linguagens matemáticas que vieram da filosofia e da ontologia, principalmente, pois a ontologia é a mãe do objeto e dos monstros conceptuais que distam ser e não-ser, na negatividade que desfaz e assim analisa o positivo, o posto enquanto ser nas coisas, nos objetos, nos fenômenos, etc.
O senso comum e a gramática vêem o objeto não como um ser dado pelo ser do homem, na ligação ou intersecção do interior do homem ao mundo  exterior ( união estável do macrocosmo e microcosmo), natural, real ( constituído de coisas, não em-si, mas para o olho do outro ou o olho do furacão, que tudo vê ); logo, no senso comum e na gramática, o objeto é desenhado sobre o corpo físico,  produzido pela indústria do homem ( entenda-se por indústria : trabalho), no artefato, objeto produzido pela técnica, sob os rascunhos ou esboços em equações que exprimem a linguagem da ciência; este artefato, indubitavelmente, não deixa de ser um objeto, no caso, objeto do fazer da ciência e técnica, com linguagem e produção; contudo, não se trata de um estudo sobre o artefato, que, assim, não é objeto de ciência enquanto considerado meramente como artefato, produção cultural, ao invés de objeto de estudo, que tem os dois lados da moeda.
 É, tão-só, objeto de técnica e linguagem da ciência, mas não objeto de ciência mais, pois há o pressuposto lógico e óbvio que, se é artefato, produto humano ou da cultura,  já foi estudado enquanto objeto antes de se transformar em artefato humano que, pode, inobstante, vir-a-ser objeto de ciência, pois o artefato é outro objeto, um objeto realizado ( não um mero objeto da realidade ou natural, porém produzido pelo labor humano, com ciência na etnologia ou etnografia. Fora isso, como artefato puro,  não é objeto, ou deixou de ser objeto, ou ainda é apenas coisa. Donde se conclui que, na contemplação da etnologia é objeto de estudo científico;  na gramática, objeto do sujeito, em relação ao sujeito e para o sujeito, dentre outros objetos possíveis e passíveis de estudo que pode ser em milhões ou bilhões ou estar nesses números encravados, se não passa ao infinito matemático, infinito de linguagem.
O objeto de estudo da ciência está no envoltório do fenômeno; entretanto, não é uma fenomenologia, senão no homem, ou no pensamento do homem, que ocorre como ato, analisando a "transliteração" de ato a fato ou seja, o estudo do próprio fenômeno, pela filosofia. A filosofia, assim como o direito, não tem objeto, mas objetivo; logo, no discurso privilegiado da filosofia  não é estudo do objeto o que ocorre , pois a filosofia não estuda objetos, não tem, não se declina sobre objetos,  mas somente sobre  atos e fatos mentais e naturais.
 Na ciência, ao contrário, acontece o estudo do objeto que os sentidos lança, atira no ar,  através dos sentidos, que então os estuda; portanto, na ciência, o fenômeno é estudado, sendo o fenômeno, então, um objeto de ciência.Sim, o fenômeno é algo lançado pelos sentidos, é objeto passível de estudo pela ciência; todavia, é muito mais que isso, pois envolve atos e fatos que são analisados no crivo da filosofia ( não estudados), pois ali há inúmeros objetos, de um vez dados aos sentidos, grudados, inseparáveis ( feito cascavéis), indissolúveis,  e, como é impossível estudá-los assim, como vários objetos colados uns aos outros, o jeito é entregar esse "estudo"  holístico à filosofia, pois é um estudo sem objeto singular, porém com uma infinidade de objetos amalgamados, plurais, porém indissolúveis, impossível de dissociarem-se  em objetos individuados pelo sujeito que os sonda desde os sentidos, sem se lograr distinguir formas e conteúdos substanciais determinados, individuados, porquanto vêem em cambulhão, de enxurrada, como uma onda de luz, eletromagnética ou do mar, do rio.
Assim amalgamados, é da alçada da filosofia, que não visa objetos, porém traça e observa objetivos, valorando-os ou não. Amálgama de axiologia e fenomenologia. A filosofia não tem mais a função de estudar o objeto, mas de estudar o estudo : epistemologia. O estudo do objeto concerne à ciência.
O objeto é algo assim como uma  não-coisa,  dado pelos sentidos, por trás do qual está o sujeito; o objeto existe somente coberto pelo véu dos olhos  que olham e vêem sob o véu de luz ou trevas que o cobre, o esconde, tal qual o véu ou a burca esconde a face da mulher, vela a face e pelo véu do mundo interior do homem, onde o objeto é recebido e emitido, no vaivém do ser e não-ser, que forma o conhecimento e dá seu conteúdo.
Um estado sem direito está descrito por Castro Alves no poema "O Navio Negreiro", obra-prima da literatura mundial, poesia de primeira grandeza ou da maior grandeza. Estrela alfa na constelação da Virgem, de Órion, da Cão Maior ou Menor, da Ursa.
  


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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ARMADURA - wikcionário


Era natal.
Morava então em uma casa grande e velha...
- Amo habitar os extensos sobrados
que não sobram
em sombras sóbrias
nem tampouco em porões sombrios com assombrações
- mui sombrias!
e à sombra dos sótãos
sobranceiros...

Natal.

Não morava na Morávia :
morava em morada enamorada do natal
sob a estrela da noite
que rasgava todo véu negro
dentro da alma da criança.

Foi pelos idos do natal.
Meu filho orçava então
pelos dois anos
e ganhara uma metralhadora de brinquedo ( óbvio! )
que emitia um som algo cantante
e uma luz rutilante.
Pu-lo ao colo e fui rua fora
até a casa de mãe.
Irradiava  o pequenino
uma alegria contagiante
- protegido por uma armadura de cavaleiro medieval
zelosa no mantenimento daquela felicidade perfeita,
rotunda,
sem barafunda,
do menino
sob meus auspícios,
armado cavaleiro, tamanho meu exagero
no zelo.

Também eu,

que não morava em Belém,
naquela noite de Jesus-menino,
a qual cintilava na estrela
que era a alma do meu menino,
eu também,
naquela noite feliz,
fora consagrado cavaleiro templário,
mais um  Pobre Cavaleiro de Cristo!,
pelo Rei de Copas,
herói arquetípico,
arcano.

O rasto desse menino feliz
e seu pai alvoraçado
pode ser rastreado no pó
de algum arcanjo de esquina
bêbado num bar
a dialogar com o poeta
Verlaine em seu paul
- até dar com a face ao rés do chão! :
Ébrio.
Descaído.

Aquele rastro nunca será apagado
da face da terra :
- é raiz eterna no chão plantada!
Radical do chão
eterno
porque Deus andou por cima dele
- daquele solo sagrado!
como o faz toda criança
sobre sapatos e sandálias de adulto
- pé no chão
cabeça nas nuvens do chapéu.
Nefelibata.

Natal.
Um menino-Jesus
e uma menina-Jesus
inclinavam-se sobre um presépio
onde não estava Jesus em menino
que fugira para o Egito
consoante o oráculo do profeta
registrado pela crônica
na expressão do afresco de Giotto
que capta a travessia
do filho indo para aonde o pai chamara.
( "Do Egito chamei o meu filho",
vaticinou o profeta ).

 
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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

ENDOGAMIA - wikienciclopédiadeltabarsa


 
 A matemática é uma linguagem com gramática específica; enfim,  apresenta uma norma culta, cujo escopo é o de se comunicar com a natureza ( desiderato, anelo ), dando ordens, ordenando o universo mental, intelectual,  por meio de equações, cálculos integrais, diferenciais, análise combinatórias e outras expressões fundamentadas e demonstrada em teoremas, postulados, axiomas, proposições, etc.; com razão suficiente?! : princípio onde se funda a âncora da ciência. A ciência, a filosofia, a linguagem e a língua se fia todas neste princípio fundante da metafísica, que é de onde provêm a física, enquanto ciência, conhecimento, erudição.
Por ser linguagem,  cujo objetivo precípuo é  comunicar-se com a natureza,  utilizando como ponte ou canal de comunicação os cérebros humanos ( pontilhões)  treinados até o virtuosismo para a tarefa, via escrita e leitura, as expressões aritméticas  vem a prescindir de vocalização ; logo,  as vogais gregas, evidentemente, outrossim, as consoantes,  utilizadas no seu linguajar estrito-escrito da linguagem matemática, funcionam como símbolos, jamais como signos que, necessariamente, não o são, nem de fato e nem tampouco de direito, porquanto as linguagens matemáticas não recorrem à pronúncia, prosódia, ambas originárias da  fonética.
A matemática, uma linguagem no bojo de varias linguagens, sanduichadas na língua, não se foca no horizonte da prosa literária ou dramática, como sói no uso da língua, senão raramente, podendo, pois,  quedar-se no mutismo, vez que são feitas apenas para a escrita e a leitura de matemáticos, exclusivamente para a leitura e escrita, tal qual dizia Otto Maria Carpeaux, referindo-se a Hamlet de Shakespeare, que dizia ser obra para leitura e não para representação, devido à sua profundidade e beleza inacessíveis ao olho e ouvidos humanos, o mesmo se dando com a Nona Sinfonia de Beethoven, que prescinde de ouvidos falhos, ainda que absolutos e podem ser "escutadas" ou "ouvidas" dentro do cérebro, de forma pura, ideal, tocando as idéias de Platão, um universo para dentro do homem em concavidade profunda.
Os matemáticos, pois,  homens que se alienam do homem nesta profissão de fé, especialistas, estão, portanto, como quem lê Hamlet e escuta a Nona Sinfonia, no "escurinho" das ideias,  aptos para ler e escrever na 'pauta" musical da matemática, a qual não é um código linguístico propriamente dito, porém um código de linguagem, semiótico,  também, semiológico,  esotérico, não acessível ao leigo, cifrado, criptografado a olho nu. Uma griptografia cujo conteúdo de comunicação são símbolos  ( os signos ou letras gregas sem função linguística, porém sim função matemática), além dos sinais: sinal de mais ( soma) , menos
 ( subtração), multiplicação,  divisão,colchetes, igualdade, sinais para designar diferenças, ou para exprimir o maior o menor,
( maior que..., menor que ...), etc.
A língua, neste sentido, é exotérica, enquanto a linguagem ( há variações múltiplas de linguagens até no bojo de uma mesma linguagem) é esotérica. Endogamia e exogamia seria uma metáfora antropológica, etnológica, boa para tentar exprimir as relações abertas ao vulgo ou fechadas num jargão comunitário.
Esse aparente  descaso em relação à fonética, na matemática, lembra a mesma atitude do hebreu ante a pronúncia do nome sagrado de Deus que, em hebraico, era escrito apenas com consoantes e, destarte, tornava proibitiva a fala, que é o canto, a vocalização, a entonação, do nome sacrossanto de Deus,  Jeová,  Javé, o qual ficava guardada num profundo e misterioso, respeitoso, temeroso silêncio, nunca interrompido, jamais rompido. Quiçá tenha uma pitada desse hábito religioso hebraico no quase silente, silencioso "alfabeto" matemático-algébrico-aritmético constituído de signos gregos que cumprem função de símbolos, - símbolos contextualizados para linguagem  matemática. Talvez seja isto : uma reminiscência das consoantes que não deixavam voz ( vogais) para pronunciar um temerário "Javé", mas sim emitir um respeitoso e temeroso "Adonai". Isto pode ser objeto gratuito de especulação ;  especular, inobstante,  sem entrar em transe com viagens mirabolantes, cerebrinas, na companhia de nefelibatas inveterados, contumazes.
O idioma não somente pressupõe uma gramática, mas é também uma semiologia ou semiótica, pois se vale de um  vasto código de comunicação : vestuário,  gestual, expressões faciais, tatibitates, cacofonias, danças, andanças, muxôxos, caras-e-bocas e de uma infinidade em finitude de signos e símbolos, com predominância ou prepoderância dos signos ; enfim, uma gama de expressões, um vasto repertório de linguagens que, coladas, em colagem, possibilitam a expressão de ideias, fatos, pensamentos ou qualquer tipo de comunicação de várias maneiras, em um número enorme de linguagens e às vezes até envoltas em formas contrapontísticas, paradoxais, antitéticas.
As linguagens, por seu turno, se restringem aos seus objetos e são essenciais à prática e práxis  da ciência, considerando que prática e práxis tenha seus senões conceptuais, como modo de comunicação do objetivo ou finalidade divergente ou próxima à discrepância irreparável, irreconciliável, caso a caso.
A física, a química, usam quase a mesma linguagem matemática; no entanto, a química, por seu objeto diferente da física, se utiliza  da geometria e da geodésia de uma forma diferente da física, pois seus objetos não são o mesmos, porquanto não são duas ciências ( não existem duas ciências), entretanto são duas ou mais linguagens a se exprimir sobre o objeto em foco. Outrossim, os objetos são dois, ou uma gama infindável deles, assim como de linguagens para expressá-lo e nomeá-los, cada  um para cada linguagem destrinchar, placidamente, conforme a inteligência que se declina sobre os objetos e domina suas diversificadas.
A ciência, por linguagens diferentes e refinadas para determinar objetos de estudos, têm em mira objetos diversos, o que dá a ilusão que temos mais de uma ciência, quando o que temos é a mesma ciência, com uma linguagem específica para cada forma de objeto, utilizando-se de modificações sutis na linguagem matemática, geométrica, geodésica, etc, a fim de se coadunar-se com o objeto enfocado.
A ciência se desdobra em objetos, porém não em objetos e ciências, pois não há ciências, mas uma única e una observadora do ser ; -  do ser, outrossim, uno, todo (pan),  na certidão lavrada por Parmênides, o eleata; o que há, além da pluralidade de objetos, são as linguagens para exprimir e estudar os respectivos objetos e as filosofias, as quais são  partidas por lote de cérebros e tempos escritos : história. As filosofias, sem embargo, são tantas quanto as subjetividades, assim como as artes, a poesia eterna, furtada, furtivamente!, da mente de Deus
.

 

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